Popularmente conhecida como “gordura no fígado”, a esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura (lipídios) nas células do fígado, chamadas hepatócitos. Essa condição representa boa parte dos atendimentos em consultórios de hepatologistas, pois sua incidência aumentou na última década, sendo hoje a causa mais comum de doença hepática crônica em todo o mundo.
Fatores de risco:
A doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), como o próprio nome sugere, tem como principais fatores de risco os componentes da síndrome metabólica, que inclui obesidade, sobrepeso, diabetes mellitus tipo 2, dislipidemia e hipertensão arterial.
Como diagnosticar?
A maioria dos pacientes não apresenta sinais ou sintomas. Geralmente, a esteatose hepática é detectada em exames de ultrassonografia realizados como parte de check-ups de rotina. O médico prosseguirá avaliando a história clínica do paciente, identificando fatores de risco, e pode complementar a avaliação com exames laboratoriais (enzimas hepáticas, glicemia, colesterol, entre outros). Cada caso é avaliado individualmente.
Como podemos tratar?
A esteatose hepática pode regredir se os fatores de risco forem controlados. No entanto, se não tratada, a doença pode evoluir para esteato-hepatite, fibrose e cirrose, aumentando o risco de câncer de fígado.
Mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividade física, são recomendadas para todos os pacientes, além da abstinência do consumo de álcool. Medicamentos específicos podem ser avaliados em conjunto com o seu médico.